A hora da terra
Mormaço em cortina
Chão de chão pedra perene
Chão rugoso couro e sandália persa
Dia dia dentro
Dia acaba nada
Dia inteiro água brisa
água laica borbulhosa
Chão quente de água lisa
Dia calo dia colo na sombrisa
Saia pano grosso grande pouco no rochedo
Paz de lírio
Parecido acalante janela de horizonte
Corrente de roda sabida
Amarela roda pedra valida valente
Amarela pedra casa escondida no peito
Roda de roda de dança
Amarelo disco
Amarela lisa água
Brisa quente no respiro
Respiro respiro
Onde voca vida na latente
Lusente brilhão fosquiço semelho
Um raio ruído do cheiro aceso
Cheiro fresco do poente em pé
Sem pôr porém do sol que viceja
Carinha carinho almofada deitados
Comida laranja mãozinha das costas calor
Carinho comum nós seis nós
Borbulho dia em pé
Sol em pé sol irmão da gente
De dança de dança
De argola na roda de argola
Mixo bio acende acesante
Todo dia claro na parede de rocha pro lado de fora
Que respira brisa embaralhosa bem de rede de dormir sem hora
Pedras e chãos da dança em roda da terra amarela
Damião e Seu Irmão
Chamaram à sua casa
de amores que virão
pra estrada de melada
pedras finas, meu Irmão
Se for eu já estarei
com flor na mão
De maracujá Sereno do Rei Cosme
molhando suas mãos de vento e cores da Terra Amarela
comunhão
cândidas palavras...
Olhares de duas estradas iluminadas.
Para os irmãos da Terra Amarela
A terra amarela
menina dos olhos
comunga a galera
A lama marrom
pé....piso
..de....pelado
de...s...vento
teto.....o.....ao
..............l
A dança azul visceral
na tarde magenta
no baile vermelho nosso
Heyk 07/09/08
Ayná
Guila 16/09/2008
3 comentários:
Às primeiras leituras (quem lê poesia uma vez, não lê poesia), gostei muito do primeiro e dos outros não muito. A caracterização fragmentada, sinuosa, lânguida até do dia ensolarado, da menina, da pedra me pareceu muito sugestiva e interessante, poema que leria mais muitas vezes e tals. Os outros dois para mim, morreram na fonte, se tinham algo a sugerir depois de outras leituras, me perderam. De qualquer forma, estilo interessantíssimo o dos três. Suspeito valer em muito as investidas! Abraço, poeta, espero ser válido o contraponto.
o bom e velho heyk de volta, em formato de versos mas com o mesmo tiro-calibre-mor de sempre. sendo que ele nunca foi, só veio. sendo que ele nunca envelheceu, só ficou novo. abraçãos, já subvertendo pequenamente a linguagem nesta mesura.
Gostei das cores. Gosto de textos coloridos. Textos tem cor.Mesmo os cinzas...
beijos, moço!
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