segunda-feira

Vinte e sete de nove em nove

vida de jardim concreto
vaso a vaso
pilar de pilastra e assoalho
verde de mamona aborrecida
cada varanda um campo minado
tabuleiro de ode e húmus

sobre a centelha
nos vasados da haste
do ar da janela
os gatos se depilam

a magrela pra quem sorrio
e a borda de ramo fina
assaltam a cena
da parede seca


macaé
alfazema
kayapó xicrim

ervas da vida
das grades
de mim

Um comentário:

Unknown disse...

ali o conforto embala, saúda, exalta E contempla o encaixe - esse maldito que cisma em permanecer.

crédito do desenho no cabeçalho: dos meses duro, nanquim sobre papel, 2010 Philippe Bacana