hoje é um dia criança
dias criança não pecam
nem imolam
brincam em relógios
e nos vestem de tempo
com calças e camisas, linho do tempo
ouvimos os passos mais macios
e as folhas mais intactas
caramujos nos sorriem
e as baratas viram bolhas
nos dias criança
o mundo dança de máscara
e os motoristas viram maquinistas
de carrossel.
ilhas se encontram e
criam céus de flor
a cabeça dói mais não
e o pescoço é pra cavalo de batalha
na lã que roça toda bochecha rosada
8 comentários:
[a nota se entremeia na palavra, como uma falsa pausa que dança, em feitio de sombra, inocente]
um imenso abraço, Heyk
Leonardo B.
tá lido e degustado. Dia criança. Muito bom, eu sinto profundamente mas nunca chamei assim, é capaz de começar a chamar, já que "os dias criança" são frequentes, bobos e essenciais.
mas não adianta, pra mim barata nunca vira bolha.
dom da leveza, de claridade,
sorriso musical das crianças
dia que não acaba
terra do nunca
sempre brincar
ó o beijo do amigo
na inocência da mão boba
Gostei bastante também! Assim como a Cássia, algua imagens não ressoam tanto na minha leitura, mas outras, em compensação, geram o eco por dentro. Tá aí: dia criança, que beleza! Abraços
"dias criança", pq não pensei nisso antes?
Em dias crianças, entristeço-me porque chegam ao fim.
Parabéns pelo genial escrito!
Coisa linda, Heyk, fui surpreendido. É singela, universal. Sua irmã não vai achar confusa, tenho certeza.
Dias criança rolam sim. Uns mais fortes que o outro. Tem uns dois que eu lembro como se tivessem sido data festiva.
Tenho tido cada dia criança! Fazer feira aos sábados tem tido um gosto bom...
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