A traineira arrasta o retalho
manta de sol
na lagoa de lata
na restinga rio são Paulo
o brejo das casas
é o mesmo
Meu outono, arrematado
por tijolos incompletos
a linha reta é a regra de
seus balcões de construção
sorveterias
armazéns acolhem
as médias
as médias altas
que aguardam o verão
angústia de tevê
desejo latino
de no mangue
reinventar beverlirrius
o título é um copia e cola da banda Na sala do sino
Rio das Ostras/RJ, à Brenno de Castro, 2010
5 comentários:
gostosa essa hein!
Heyk,
tinturas tuas encontradas cá me são comuns. aqui também vivemos a sol de mangues e "correntezas infeccionadas". bom passar pra te visitar entre águas. irmanamo-nos aqui, translucidamente.
abraços,
r
bem doido, hein!
Pra mim essa é a campeã do Sopro Sopro.
Ela segue sincronizada com meu "instinto" visual do começo ao fim. A coisa da regra da linha reta é de chorar: mano, que sensibilidade nisso daí. pô... to contente, viu?
Um abraço, queridão.
eu gosto dessas tuas letras pq elas são assim, assim, desse jeito.
De sempre estarem por ai,
num sai caçando e num tem marca de suor.
Elas são só buscadas, previamente combinado de se combinar...
Enfim, eu gosto dessas tuas letras
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