Girávamos
nos carrocéus Vermelho e Estéril.
As orelhas dobradas,
de papel pardo e barbante,
e os embrulhos de palha empalhassem o povo.
Nossos órgãos carregassem os dentes da Mulher Que Canta,
até tornarmo-nos só eu.
E me restou o pescoço
cada vértebra
fundindo o ranço
agudo da medula privada de amor.
O caminho é um pássaro minado
encerrando os bichos na burocracia da casa
apertando a carícia do peito contra a argamassa da língua.
E me restaram os mistérios anônimos da literatura
pois tomaram o estado e fiquei com a mulher,
o próprio suor romântico calado.
pois cargos e os brasões apostaram num jogo de dardos
E me restou a losna, o boldo, o limão,
meu fígado de papel
01/01/2012
Um comentário:
eita, porra!
Postar um comentário