quarta-feira

Poema Duro

Ansiedade pelo ardor de um momento seu. Pesou-me a cara. Voltei a esgueirar-me entre as frestas dos sentimentos com fome e sede. Muros que arrebentam-se deixando a própria alma evoporar por entre as pernas Hastes de metal que contorcendo-se sufocam e fazem sangrar qualquer àrvore E saltos sem medida de picos sem altura para beijar as facas da obsessão Já não são alusões à quebra dos meus pontos cardeais. Deixo o caos para mergulhar no limbo. Como o que comem os vermes para fazer valer o quanto peso. E suspenso por cordões de seda pelo lábio e pele reluto para que não me joguem no suor e dor do amor normal.


(feito em dois mil e seis da série, em suor forjando, Lagarta)

10 comentários:

Laurent Gabriel disse...

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Victor Meira disse...

Amnioticamente duro, um fluido a me tatear as narinas em fumaça de cicatrizar. Todas as caixas de não poucas dores. Tudo a invadir o flutuar imerso. Nada jamais estranho, a solidão e uma banda a sustender meus calcanhares e lábios de mercúrio. A queda vertiginosa ao céu em brevíssimas semifusas. À beira da lagoa, sofá, o tudo e o jamais a transar.

Lírica disse...

Num encontro tão intenso pelo menos duas necessidades nos confrontam... Vive-se nessa dualidade. De forma poética... de forma patética... mas quem se atreveria a amar de corpo e alma? E por quê? prefere-se o benefício da dúvida. Como se houvesse escolha...

Isaac Frederico disse...

por vezes ja desejei com ardor a redencao e o perdao de um amor calmo e nada mais. antes a dor da suspensao pelos ganchos ou do abandono de um amor de perdicao ?
um caixote de sensacoes heykianas

mari lou disse...

pra mim poderia ser assim o título: desconserto do desajustado. hihihihi

esse me fez sentir um banzo... foi fundo. e qdo a palavra vira mistério-sentimento, ñ dah pra raciocinar mto ñ.... enfim...

bjo.

uhm...
q coisa... primeira vez q eu sinto isso com um texto seu... uhm... primeira vez, então, q sinto um texto seu! hahaah
essa é a parte d q mais gosto de tudo...

acho q tou chegando perto... hahaah

mais bjo.

Rafaelle disse...

Um dos poemas preferidos do Sr. Stanislau.

sempre pesa-me a cara.

um beijo,

Belo blog!

Rafaelle disse...

Um dos poemas preferidos do Sr. Stanislau.

sempre pesa-me a cara.

um beijo,

Belo blog!

Priscila Milanez disse...

A rigidez deste poema carrega o tom cinza da tua escrita.
Gostei muito.
beijos

william disse...

Secura num transcorrer imparavel.
sem pausas pro respiro, uma queda- livre repleta de sensaçoes.

Fabiano Silmes disse...

Um poema:Seco,intenso e carregado de sensações...Enfim um belo trabalho poético!!!

Evoé,poeta!!

crédito do desenho no cabeçalho: dos meses duro, nanquim sobre papel, 2010 Philippe Bacana