Pictogramas se alastram na derme da moeda
Verdades múltiplas na determinação do óbito
Naves espaciais nos tetos
Dos prédios de enxofre
A redenção vem com o
Cheddar o barbecue
São soldados que costuram emblemas
A preços módicos Nas armaduras
Novos Hamsés sem rosto
Nas colunas marrom-sangue
Império de algemas diluído no vento
A árvore borboleta soou grave
E a pétalasa se descolou do seio
Felicidade bônus hora com desconto na galeria
Um milhão de pés ronda um pão doce
São presságios de uma estátua viva
Segurando um galão de gasolina
Gestos genéricos substituem sons
Cavalos mudos marchando para o abismo
E no consenso do concreto armado
Novos monumentos inauguram
A moral do dia
6 comentários:
É... Pessoas engessadas de atitudes cozidas.
Senti um café da manhã observando a cidade em vitrine pela janela. Ali da padoca. Mortadela com vivacidade social e pensamentos digestivos. Coisa gostosa mesmo.
percebi agora q ñ gosto mto dos teus poemas em terceira pessoa.
"Verdades múltiplas na determinação do óbito /(...)/A redenção vem com o Cheddar o barbecue"
o poema, para mim, adquire um tom profético... ñ gosto d apocalípses.
mas isso é uma coisa pessoal mesmo, d gosto, d ñ gostar do tom q o poema adquire. ñ q isso seja ruim, saca? é q pra mim, ñ rola mto.
mas, contudo, no entanto, todavia, vc é fazedor d ótimas imagens, gostei principalmente desta: "A árvore borboleta soou grave / E a pétalasa se descolou do seio"... "pétalasa", imagem forte, viva; acertiva como título. esses versos me falaram d uma grandeza q ñ é solapada por "concreto armado" e "novos monumentos", apesar d tds os "presságios de uma estátua viva / Segurando um galão de gasolina".
enfim, mais leituras!
bjo, qerido caramelo,
té!
aeeeeeeeee dá-lhe concretismo! ah ah uh uh
a aliteração em R, com palavras como direção ("é uma palavra quadrada, difícil dar tônus poético" - CARAMBA!!!!!), etérea e cavalar serviram justamente para dar a noção de entrave... a não-vida... o bloqueio vivenciado...
o uso da segunda pessoa do plural é joguete de falso poeta... QUEM USA SEGUNDA PESSOA? A resposta é ninguém... todos abandonaram o "vós"... meninos abandonados... sacou, hein, hein? haha
sobre envelhecer o poema, acho que um cara que escreve soneto decassílabo, com esquema abba abba cdc cdc, e verso heróico não tem muito o que esconder: prefiro as formas velhas... é verdade... pricipalmente os hipérbatos e inversões barrocos... além das abundantes adjetivações parnasianas...
amém e obrigaduuuuuuuuuuu!
depois inventam listas pra saber qual o mais bonito. além de inaugurar, preservam a idéia calcada em tapa-olho. ainda choro ao ver os rostos profundamente sorridentes dos que deceparam metais de Stalin em praça pública.
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