terça-feira

Noiva morta (tentativa agá!)

penumbra campineira aos tantos
se segue o penso em pensamento

tonteia mareja
na curva
entre o breu e
o cimento

espera esparso ou fura o manto
seca a lingua a narina

quebranto
um salmo
meio salve rainha

o véu balança o fundo

e o bode de gravata lixa o casco no chapisco
com a ladainha nos nãos que se barbeia

pára o pare
para a brasa
para a noiva
pára a veia



[caros, é muito doido saber o quanto a poesia vale pras pessoas na rua, esse poema aí não tem nada a ver com isso, é só um comentário]


Um comentário:

Caco Pontes disse...

"pare o mundo que eu quero descer"...

crédito do desenho no cabeçalho: dos meses duro, nanquim sobre papel, 2010 Philippe Bacana