presentoles Tomaz Musso. Capixaba, radicado carioca. Publica nas casas: Maná Zinabre, de nossa curadoria (Minha e Victor Meira) e em Elemento sujeito. E acabou. Vou tentar apresentar alguém sempre.
já não resta nada.
agora, nem o barulho do ventilador.
a fumaça sumiu no ar de dez minutos atrás
e na varanda, mínima, ficou a impresença.
os vestígios vão como fio de luz
que aos poucos na noite sórdida
apagou o último rastro de memória.
será que minha carne se lembrará do cheiro?
será que o cheiro se lembrará da carne?
hoje, cada objeto no seu lugar.
o frio já não existe como poesia,
e a mulher saiu como se fosse outra,
outra que sempre tivera sido outra
e nos olhos o estupor de não ter sido ela; algo dela.
em meu terreno a se adentrar.
florestas tropicais
desertos e rios e aflúvios e praias e olhos e vento e ar
tudo na cartografia delirantede um corpo movente.e meus pelos se lembravam de ti.
3 comentários:
Ausencia eterna de uma presença recente. E tem um cenógrafo competente que me colocou ali na varanda, com ventilador estalando de torcicolo, som da praia sereiando nas lembranças sensíveis e eróticas da moça que saiu cabou de ir. Da moça que era toda ela. Pouco dela mesma, mas toda ela.
Linda escolha, nego.
Linda poesia, Tomaz.
É, o tomaz tem uma produção curiosíssima.
HEYK!!!!! que surpresa cara! nem sabia e já tem gente aí gostando dos meus poemas, que para mim são tão tortos...cara, fiquei muito feliz com os elogios lá no blog, vindo de um poeta como tu fico motivado a olhar essas coisas com mais carinho... do mais tamo aê e botando poesia pra dançar irmão!!! valeu muitíssimo! valeu também Victor! a idéia a tocar arte e poesia, sigamos companheiros!!!
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