A cortina
calma
Bamboleia nos anéis da haste
A cama conta suspiros
olha pelo branco do tecido
a porta aberta da sala
que abre a porta para
um trapézio de céu e nuvem
no esquadro exato da varanda
O céu menos remelento se encanta
com o desarrumo despenteio da cama
.
Martins soares / MG, agosto de 2009
.
6 comentários:
[um poema com a porta entreaberta, para qualquer lado, norte ou sul, tanto faz!]
um imenso abraço, Heyk
obrigado pela partilha
Leonardo B.
gostei demais!
muito muito bonito.
que conversa elementar, o céu, a cama...só faltava uma deusa. hahahha
é pra ser!
Um beijo no cocuruto
Qdo li, não atentei pro fato de que Martins Soares era uma cidade. Pensei que fosse de outro autor com o qual tivesse se identificado e postado aqui com os devidos créditos. Pensei: nossa, quanto heyk nesse escrito! hahaha...Que bobinha.
Eita, nós, meu povo.
Olha, martim soares deve ter sido um poeta, virou até cidade. Hahahaha. Nada, é a cidade que o meu velho e rabujoso pai se acalenta.
E lá vou eu atrás dessa deusa, que não me liga.
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