Peregrina e pasta
encurva fuça e acha
Revira e adorna a falange
no campo aberto de prata
Garimpeiro de alumínio peneirando lata
De sorriso mal vestido
Cada lapa uma serra pelada
Cada lapa sua serra pelada
Filho do tambor colorido
e do vestígio de vidro
Adestrando um futuro ancestral
Garimpeiro de alumínio peneirando lata
Arbustando o silêncio
do jardim de quem passa
Garimpeiro transparente
vira lixo com o lixo que caça
Imerso no chorume que come
Morre de micose
Pé atolado de cidade na idade da pedra
Seu mercúrio chega a galope
Rio, escadaria da biblioteca nacional, 2009/2010
6 comentários:
!
A chuva - 8 de abril - meu aniversário - e choveu. Enfim.
curioso, tava lendo isso aqui e me foge um pouco onde exatamente te tangencio na poesia
talvez um nem tanto nem tão pouco..!
mas rola uma identificação fremente,
nesse e naquele "vida bárbara" então, um bocado...
ah, e esse patriarca quebradiço tá indicutivelmente foda.
poeta de rua e sua paisagem
olá heyk. estou, as poucos, adentrando as águas que correm aqui e acho que por vezes me achei entre elas.
o garimpeiro que você desenhou com palavras é quase um despertar, uma fotografia da vista crua que tantas e tantas vezes passa por nós nas ruas, sem click, só pena.
abraço
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